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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Copiar Formula entre Planilhas

Precisei copiar células de um arquivo Excel para outro, e me deparei com o problema que consiste de as fórmulas não serem copiadas, mas apenas os resultados. Realizei uma pesquisa com nosso pai dos burros digital (Google) e me deparei com a seguinte solução:


1. Abra os dois arquivos, o original e o que vai receber as fórmulas, no mesmo excel. Lembrando que o novo arquivo deve ter os mesmos nomes de pastas usados no original.

2. Clique na planilha que contém as fórmulas (arquivo original).

3. Clique em: Ferramentas => Auditoria de fórmulas => Modo de auditoria de fórmulas (as fórmulas vão aparecer nas células da planilha)

4. Selecione as células que deseja copiar, clique em Editar => Copiar, ou use ctrl+c.

5. Feche o arquivo original, somente o arquivo original, não feche o excel (ESSE PASSO É IMPORTANTE). O windows poderá perguntar se você deseja manter o conteúdo na área de transferência, responda sim.

6. Clique na planilha que receberá as fórmulas (novo arquivo).

7. Repita o passo 3.

8. Selecione as células que receberão as fórmulas, ou somente a célula mais acima e à esquerda do conjunto.

9. Cole o conteúdo da área de transferência, simplemente usando ctrl+v.

10. Repita o passo 3.

PRONTO! FÓRMULAS COPIADAS E SEM VÍNCULOS!Obs.: O passo 5 é importante, sem ele os vínculos seriam colados! (Y) 


FONTE: http://forum.baboo.com.br/index.php?/topic/301949-copiar-formula-entre-planilhas/

sábado, 4 de maio de 2013

Projeto "Controle de Tesouraria"

FECHAMENTO DE CAIXA

Gerenciamento da movimentação financeira das tesourarias das lojas dos Supermercado Cecílio.
Controla o movimento diário de cada caixa (ECF), separado por operador, lendo o arquivo de resultado da redução Z, e comparando com o conteúdo real da gaveta (dinheiro, cheque a vista, cheque a prazo, cartão de crédito, etc).

Tela de Fechamento de Caixa

Tela de Visualização de Cupons Fiscais

Tela de Visualização de Itens de Cupons Fiscais

Tela de Visualização de Finalizadoras

Planilha de Mapa de Caixa

Planilha de Mapa de Caixa (Consolidado)


CONTROLE DA TESOURARIA



Consolida os movimentos individuais de cada caixa num movimento da tesouraria, permitindo também a movimentação extra de dinheiro para pagamentos e recebimentos diversos.
Na efetivação do movimento diário, os valores são transferidos integralmente para o financeiro, exceto o dinheiro, que pode ser ajustado para o controle de saldo da tesouraria. Alem do saldo em dinheiro, é possível controlar o saldo de vale-gás, cartão telefônico e contra-vales.
Todos os relatórios são gerados em planilhas eletrônicas (Excel).

Tela do Controle da Tesouraria
Controle da Tesouraria (Lançamentos Complementares)
Tela de Composição dos Valores da Tesouraria por Finalizadora/Caixa

Planilha de Mapa de Controle das Registradoras (ECFs)

Planilha de Movimento Diário

Planilha de Relação de Cheques
Planilha de Vendas Líquidas



sábado, 18 de fevereiro de 2012

Monografia Pós-graduação em Redes de Computadores - Questionário de Pesquisa de


São Joaquim da Barra, Fevereiro de 2012.

Ref: Pesquisa sobre infra-estrutura de TI – ESAB

Prezado(a) Senhor(a).

Investigar diversos aspectos dos projetos de implementação da infra-estrutura de TI para atender os sistemas para gestão empresarial – Sistemas ERP – é o objetivo desta pesquisa, que é parte integrante de uma monografia de pós-graduação.
Para realizá-la, necessitamos de sua valiosa colaboração, encaminhando o questionário em anexo ao gerente de TI de sua organização. Estimamos que o preenchimento do questionário não tomará mais do que 15 minutos do seu tempo.
Gostaríamos de esclarecer que os dados obtidos através deste questionário serão analisados em uma pesquisa acadêmica. Todas as respostas serão tratadas de forma confidencial e agregada, de maneira a que nenhuma resposta individual possa ser identificada.
Por favor, leia com atenção todos os itens de cada questão. Não se sinta obrigado a procurar uma resposta ideal, pois não existe resposta certa ou errada. Simplesmente assinale aquela que estiver de acordo com a realidade existente em sua organização.
Solicitamos o obséquio de responder o questionário e nos enviar por e-mail para oswjr@yahoo.com.br ou oswaldo.junior8@etec.sp.gov.br até o prazo máximo de 20 de Março de 2012.
Se desejar receber, em primeira mão, o sumário executivo com os resultados da pesquisa, favor indicar no campo reservado para isso, no corpo do questionário.
Em caso de qualquer dúvida, por favor, entre em contato conosco.

 Agradeço sua contribuição,


Prof. Esp. Marcelo Albuquerque Schuster                     Oswaldo Ricardo da Rocha Junior
Professor Orientador de Pós-Graduação                                                              Pós-Graduando em Redes de Computadores
ESAB                                                                                                                   ESAB
                                                                                                                             (16) 9106-1801
                                                                                                                             oswjr@yahoo.com.br / oswaldo.junior8@etec.sp.gov.br


Links para Downloads:


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Porque os HDs de 2 TB (ou mais) não são reconhecidos? Qual é o problema com eles?

Os discos rígidos (HDs) com 2 TB ou mais já estão disponíveis nas lojas, e por preços bem acessíveis. Contudo, a grande maioria das placas-mãe atuais não os reconhecerá, devido a problemas com o Windows ou com o hardware. Entenda esta questão que todos os técnicos e usuários terão que enfrentar no futuro próximo, e saiba o que deve ser feito para contornar o problema.

Desde que os discos rígidos se tornaram parte fundamental dos computadores, os usuários viram a capacidade dos discos aumentar continuamente. Como resultado deste processo, o que antes era apenas uma conveniência para evitar a contínua troca de disquetes se tornou parte integral da vida diária, com os discos rígidos guardando não apenas nossos programas e documentos, mas também nossas memórias, no formato de fotos e vídeos. O aumento da memória individual de cada usuário faz com que os HDs dos computadores acabem sempre lotados, independentemente de quantos GB estejam instalados na máquina. E o mais interessante é que a maioria das pessoas não liga a mínima para o risco real e concreto de que o HD deixe de funcionar ou seja roubado e com ele irem embora tantos anos de lembranças... Fora este ponto crucial, existe um outro bom motivo para que os HDs realmente grandes, de 2 TB ou mais, se tornem difíceis de serem usados.
A questão é que a capacidade dos discos está mais uma vez alcançando um limite pré-estabelecido no hardware do computador. Isto já aconteceu com os discos de 8 GB, assim como nos de 40GB e de 160GB, e agora é a vez dos 2 TB. Estes discos já estão disponíveis no mercado e por preços bem acessíveis, mas grande parte das placas-mãe atuais não reconhecerá unidades com mais de 2,19 TB (2190 GB).



Porque existe a barreira dos 2.19 TB?

Nos anos 50 a capacidade dos discos rígidos era media em megabytes (MB), e foi assim até os anos 80. Durante todo este período, o tamanho mínimo dos dados armazenados num HD (“block size”) foi de 512 bytes. Era uma forma de aproveitar ao máximo o espaço disponível, mas durante os anos 90 a tecnologia dos computadores experimentou um avanço muito rápido e o block size de 512 bytes começou a mostrar seus limites. Assim, a indústria decidiu aumentar o tamanho do bloco mínimo para 4096 bytes, ou 4 KB, modelo que passou a ser chamado de “Advanced format” (formato avançado). Os blocos de 4 KB permitiam métodos mais eficientes de checagem de erro, significando que se desperdiçava menos espaço com isto, resultando em discos com maior capacidade mas que encontravam menos erros.
Foi uma boa idéia, mas correu o risco de não ganhar adesão em massa quando o Windows XP apareceu em 2001. Foi esta versão que passou a criar partições no bloco lógico 63 (“logical block 63), aparentemente para que o volume de bytes (64) pudesse ser perfeitamente divisível por 8, assim os dados podem ser gravados nas duas faces de um disco formatado com setores de 4 KB. Em outras palavras, o sistema operacional mais popular do mundo não suportava os blocos de 4 KB, colocando um grande impedimento no caminho da indústria que tentava disseminar este tamanho mínimo. Felizmente, logo se criou uma solução compensatória, que beneficiou não apenas os usuários do Windows XP mas permitiu a transição para todos os demais: no Windows XP, os discos rígidos podiam reportar seus blocos como tendo apenas 512 bytes de tamanho, assim qualquer sistema operacional que não “entendia” os tamanhos maiores poderiam “ver” cada bloco de 4 KB como sendo 8 blocos de 512 bytes. O Windows XP, assim, precisava apenas “alinhar” seus setores de acordo o que não chegava a interferir muito no rendimento, ainda mais porque logo a Wester Digital, grande fabricante de discos rígidos, que desenhou um software para fazer as devidas compensações.
Infelizmente, mesmo os setores de 4 KB não podiam garantir discos de capacidade que aumentasse infinitamente. O primeiro obstáculo a ser encontrado foi o limite imposto pelos BIOS, que limitavam o tamanho dos discos rígidos a ser representado com apenas 32 bits (no MBR). Nos primeiros tempos da computação, um disco rígidos com capacidade de 232 blocos lógicos era um teto bem alto, pois se cada um destes blocos tivesse 512 bytes, então um disco que usasse MBR (a maioria dos PCS) poderia armazenar 2.199.023.255.552 bytes, ou seja, os 2,19 TB a que nos referimos anteriormente.

Mais problemas e mais soluções
Para que os computadores reconheçam discos com mais de 2,19 TB, tanto o Master Boot Record (MBR) quanto o BIOS precisam ser modificados. O sucessor do MBR é denominado GPT (GUID Partition Table), que oferece 64 bits para o endereçamento dos blocos de dados, enquanto que os BIOS atuais, que não conseguirão ler o GPT, serão substituídos pelo Unified Extensible Firmware Interface (UEFI), que serão construídos numa base independente do processador em uso (CPU independent architecture) e que oferecerá mais flexibilidade e recursos, seja qual for o sistema operacional.
O Windows XP não tem suporte a GPT e nem a UEFI, portanto nenhum micro rodando XP conseguirá acessar de modo nativo um disco com capacidade com mais de 2,19 TB. Entre os sistemas operacionais suportados estão Windows Vista, Windows 7, e a maior parte das distribuições Linux. Todos estes reconhecem o GPT, mas um micro equipados com eles não conseguirá inicializar com um driver maior que 2,19 TB a não ser que esteja equipado com uma placa-mãe que use UEFI, e não o BIOS convencional que temos hoje. Atualmente, no início de 2011, poucas placas-mãe são assim. As placas da Intel atuais (de 2010) já suportam UEFI, mas nenhum outro grande fabricante de MB seguiu esta trilha. Assim, na maior parte dos casos, se o micro não tiver uma placa-mãe com UEFI o seu novo disco gigante poderá ser usado apenas para armazenamento, não para instalar o sistema operacional.
Como se não bastasse estas questões toda, existe mais uma: a controladora SATA precisa ter a capacidade de reconhecer blocos de dados de 4 KB. Nem todas as controladoras SATA em uso atualmente têm esta capacidade, mas algumas já tem. Por via das dúvidas, alguns fabricantes incluem uma controladora compatível junto com seus discos com mais de 2 TB. Por exemplo, a Western Digital inclui com sua unidade de 3 TB uma controladora PCI Express que permite ao Windows comunicar-se normalmente com este drive.

O que tem no futuro?
No momento (2011) ainda não há muito motivos para que a maior parte dos usuários precisem preocupar-se com unidades maiores que 2,19 TB. Pode-se achar discos de 1,5 TB por valores tão baixos como R$ 400. Assim, por valores em torno dos R$ 800 pode-se conseguir mais espaço do que com a unidade mais barata de 3 TB, ao menos atualmente. É claro que estes preços vão variar, o importante é você analisar até que ponto compensa entrar nesta confusão causada pelos discos com mais de 2,19 TB.
Esta situação não vai perdurar eternamente, os fabricantes já estão se ajeitando. Por exemplo, no momento em que escrevemos, a Asus introduziu um software chamado Disk Unlocker que permite usar discos com mais de 2,19 TB como um disco virtual. Ainda tem várias restrições como, por exemplo, só trabalhar com placas-mãe da Asus.
Mas este detalhe demonstra que ainda existem várias limitações a serem superadas. Os sistemas operacionais de 64 bits já dominaram uma grande porcentagem dos micros e o Windows XP está se aposentado, junto com o seu MBR. Por si isto já remove uma grande limitação, sendo que a próxima etapa é resolver o problema do hardware. Isto será conseguido quando os fabricantes de placas-mãe e de computadores esquecerem do BIOS implementarem em larga escala o UEFI e adotarem chips de controladoras SATA que reconheçam os blocos de dados de 4 KB, duas coisas que ainda não aconteceram e que acontecerão em breve. Os fabricantes de hardware vêm 2011 como o ano desta mudança, em que blocos de 4 KB serão o normal e que blocos de 512 KB sejam a exceção, mas enquanto isto vai aconteceu a Western Digital e outros fabricantes de discos rígidos vão aumentando paulatinamente os limites da armazenagem em disto. É uma situação conveniente para os usuários, que precisarão ficar mais ligados ainda na enorme quantidade de dados pessoais que estão indo para seus HDs, e que poderão se perder num único segundo se o disco se estragar.


domingo, 19 de junho de 2011

Falando a mesma coisa

Falando a mesma coisa
QUANDO SE TEM DOUTORADO
O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido resultante da prensagem do caule da gramínea Saccharus officinarum, (Linneu, 1758) isento de qualquer outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas, quando apresentado sob a forma geométrica de sólidos de reduzidas dimensões e restas retilíneas, configurando pirâmides truncadas de base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão do paladar de quem se disponha a um teste organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas gustativas, sugerindo impressão sensorial equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto, que ocorre no líquido nutritivo da alta viscosidade, produzindo nos órgãos especiais existentes na Apismellifera.
(Linneus, 1758) No entanto, é possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo, no estado físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica, apresenta considerável resistência a modificar apreciavelmente suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de compressão ao longo do seu eixo em consequência da pequena capacidade de deformação que lhe é peculiar.
QUANDO SE TEM MESTRADO
A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tem tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular, impressiona agradavelmente o paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose produzida pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo.
Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em consequência da aplicação de compressões equivalentes e opostas.
QUANDO SE TEM GRADUAÇÃO
O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando-se em blocos sólidos de pequenas dimensões e forma tronco-piramidal, tem sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas, todavia não muda suas proporções quando sujeito a compressão.
QUANDO SE TEM ENSINO MÉDIO
Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel, porém não muda de forma quando pressionado.
QUANDO SE TEM ENSINO FUNDAMENTAL
Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível.
QUANDO NÃO SE TEM ENSINO
Rapadura é doce, mas não é mole, não!

Autor desconhecido.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

IMAGINE CUP 2011


 
Imagine Cup é uma competição mundial, conhecida como a Copa do Mundo da Computação, propõe a estudantes de diversos países a pensar em um mundo onde a tecnologia possa ajudar a resolver os maiores problemas da humanidade.
Agora em sua nona edição, a Imagine Cup tem como tema: "Imagine um mundo onde a tecnologia ajude a resolver os problemas do planeta que mais nos desafiam hoje".

Neste ano, a Microsoft em parceria com o Centro Paula Souza oferece a você, estudante, a oportunidade de você se inscrever na Imagine Cup 2011 e concorrer a prêmios.

CONCORRA A XBOX 360 + KINECT **
1. Cadastre-se aqui.
2. Encaminhe um e-mail para imaginecup@etec.sp.gov.br dizendo “Como a Tecnologia te ajuda no seu dia a dia.”




Todos os estudantes que se inscreverem até o dia 22 de Abril de 2011 irão concorrer um Xbox 360 + Kinect e mais 5 Kit´s Microsoft (camiseta Imagine Cup e mouse).




 
Inscreva-se já e aproveite esta oportunidade !


** Para concorrer ao sorteio, os passos 1 e 2 tem que obrigatoriamente ser seguidos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Vestibulinho ETEC





Vestibulinho ETEC de Ituverava
O ensino que vira emprego.
Inscrições: 29/04 ate 20/05 (15h)
Clique aqui para se inscrever.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Como fazer uma Dissertação de Mestrado em Informática na Educação: Uma análise reflexiva sobre a ironia do processo


UFSC-CTC-INE

ABSTRACT
(lembrar de fazer depois)

Introdução
Após acompanhar o processo de desenvolvimento de várias dissertações de mestrado e várias bancas avaliadoras, após conversar com alguns colegas e perceber que todos enfrentam situações semelhantes com seus orientados, chegamos à conclusão de que seria necessário escrever um pequeno ensaio sobre o processo de realização de um mestrado, especificamente na área de informática na educação.
Este trabalho utiliza a ironia, o que para quem não sabe, é uma forma de discurso que busca usar o humor para trazer uma mensagem. Como existe muita gente sem senso de humor é necessário deixar bem claro que os conselhos deixados abaixo não são para ser seguidos em sua forma literal.
Eles trazem mensagens implícitas, que se você olhar com discernimento poderá perceber fatos e situações que acreditamos são quotidianas na vida acadêmica. Outros fatos e situações são completamente irreais, mas nós os achamos engraçados e incluímos assim mesmo.
Este trabalho é direcionado aos estudantes de mestrado, especialmente aos de informática na educação, que poderão achar aqui excelentes dicas sobre o que não se deve fazer durante o mestrado.
Não pretendemos aqui ridicularizar pessoas reais, mas se você se identificar com alguma das situações descritas abaixo, bem... quem mandou você agir assim? Não nos culpe!

O Processo de Orientação

Como se Comunicar com o Orientador
Durante o mestrado é interessante que você desapareça por uns três ou quatro meses, e depois telefone para o seu orientador, de preferência em um sábado à noite ou domingo pela manhã, para dizer que está desesperado com o seu trabalho. Orientadores adoram ouvir que seus alunos estão desesperados. Isso os deixa satisfeitos, pois cumpriram seu primeiro dever, que é o de desesperar os alunos. Você já deve ter percebido isso, quando após a primeira conversa seu orientador lhe passou 45 artigos em inglês e 2 livros em eslovaco para
você ler e apresentar uma análise crítica em duas semanas.
Bem, depois de ficar feliz com sua condição atual, seu orientador vai perguntar o que você fez nestes três ou quatro meses. Diga que você não teve muito tempo (ou seja, nenhum tempo) para dedicar à dissertação porque:
a) O serviço na firma tem lhe ocupado muito;
b) Você viajou muito;
c) Você teve problemas em casa;
d) Você está com fobia de dissertação e a psicóloga ainda não conseguiu
tratar isso;
e) O cachorro comeu seu trabalho; ou
f) Qualquer outra desculpa esfarrapada.
Outra forma interessante de abordar seu orientador é lhe enviar um e-mail e quinze minutos depois ligar para ele perguntando se ele leu o seu e-mail. Como ele certamente não leu, porque estava fazendo coisas menos importantes, isso já o deixa na defensiva.
Mas se você realmente quer ficar por cima, faça o seguinte:
a) Envie e-mails para seu orientador a partir de um endereço falso. Sempre que ele tentar responder, vai receber seu e-mail de volta.
b) Telefone para o escritório dele nos horários em que você sabe que ele está em aula. Faça isso durante umas duas semanas. Deixe sempre recado para ele retornar a ligação e um número de telefone que não existe.
c) Finalmente, descubra quando seu orientador viaja e vá ao seu escritório nestes dias. Reclame com todo o mundo que você nunca o encontra e que ele não responde os seus e-mails nem seus telefonemas.
Pronto, você já conseguiu um respeito profundo pelo seu orientador e a partir de agora ele vai deixa-lo em paz.

O que Ler
Quando o orientador exigir que você leia alguma coisa, não faça isso. É melhor tentar tirar a dissertação da sua imaginação, pois a leitura de textos científicos pode poluir suas idéias com coisas estranhas como "estado da arte", "trabalhos relacionados", etc. Lembre-se, não estamos interessados em arte, nem em relacionamentos, mas em informática na educação.
Se o orientador lhe pedir para ler alguma coisa em inglês, diga que isso leva muito tempo e exija bibliografia em português. Sempre existe alguma tão boa quanto, mesmo que seja de 15 anos atrás.
Outra coisa fundamental: jamais leia qualquer material que tenha menos de 10 anos de idade. Lembre-se que o tempo traz a maturidade. Assim, as idéias de 10 anos atrás são muito mais sólidas do que qualquer coisa que foi publicada semana passada. Uma bibliografia bem antiga e respeitável: isso é o que dá substância a uma dissertação na área de computação.

O Título da Dissertação


O título da dissertação é um ponto muito importante. É a primeira coisa em que o leitor vai colocar os olhos. Portanto, faça ele grande. Três linhas de texto e não se aceita menos! Coloque no título toda a informação possível sobre o seu trabalho. Mesmo que o trabalho depois acabe sendo desenvolvido de uma forma diferente que não tenha nada a ver com o título, é absolutamente proibido mudar o mesmo, e você deve mantê-lo a todo o custo. Muitos alunos perguntam se podem mudar o título do trabalho depois que registraram o projeto no seu ingresso no mestrado e a resposta é claramente "NÃO!".
Sobre o formato do título, ainda é importante frisar que ele deve ter obrigatoriamente dois pontos (":") em algum lugar, dividindo o título principal do subtítulo. Você viu o título deste artigo? À guisa de exemplo, considere a correta colocação dos dois pontos no título abaixo:
"Influência da salivação das formigas nas rachaduras das calçadas: um estudo comparativo entre os métodos de diagonalização simples e triangulação complexa"
Você não sabe, mas o título deste artigo tinha apenas duas linhas. Isso não é desejável, mas colocado em fonte 20, como fizemos, conseguimos o efeito apropriado, com o texto em três linhas.
Outra forma muito elegante de usar os "dois pontos" é quando você desenvolveu um software/modelo/proposta/etc., que tenha como nome uma sigla engraçadinha. Coloque o acrônimo antes dos dois pontos e o nome por extenso logo depois. É possível ainda adicionar um subtítulo, mas a maioria vai achar suficiente apenas o acrônimo e sua explicação por extenso. Veja o exemplo abaixo:
"PATETA: Parâmetros Associados de Testes Empíricos para Tratamento Alternativo"
Observação: a palavra "empírico" é muito empregada em dissertações na nossa área. Procure usa-la sempre que possível. "Dialético" também é importante; mesmo que você não saiba o que é isso, use!
Se você for louco para publicar seu trabalho em inglês, use siglas charmosas como: "SHIT: Software & Hardware Integration Technology", ou "CACA: Computer-Aided Cognitive Adaptation".
Se você não conseguir produzir um título longo, use o algoritmo a seguir.
Escreva o assunto. Ex.: "Hipermídia adaptativa"
Acrescente no início: "um modelo de". Ex.: "Um modelo de hipermídia adaptativa".
Acrescente no fim: "para uso no processo de ensino/aprendizagem". Ex.: "Um modelo de hipermídia adaptativa para uso no processo de ensino/aprendizagem".
Acrescente no início: "um estudo prático visando uma proposta de". Ex.: "Um estudo prático visando uma proposta de um modelo de hipermídia adaptativa para uso no processo de ensino/aprendizagem".
Acrescente no final o famigerado "dois pontos" e a frase "uma nova abordagem". Ex.: "Um estudo prático visando uma proposta de um modelo de hipermídia adaptativa para uso no processo de ensino/aprendizagem: uma nova abordagem".
Use todas as regras ou apenas um sub-conjunto delas. Tanto faz! Você está chegando lá...

Tempos Verbais


Todos sabem que uma dissertação de mestrado é um trabalho individual. Por isso use sempre o plural majestático. Veja abaixo alguns exemplos interessantíssimos:
"Nossa proposta visa construir um sistema que..."
"Acreditamos que a interação dos alunos com o sistema..."
"Nós vos concedemos o título de Sir ..."
Outra coisa que dará muita credibilidade ao trabalho é o uso da mesóclise pronominal. Seguem exemplos:
"A experimentação do processo far-se-á através de..."
"Nossas hipóteses confirmar-se-ão após..."
"Fi-lo porque qui-lo.

O último exemplo não consiste de uma mesóclise, mas mostra o efeito fantástico que se pode obter usando ênclise no final de uma frase. É de muito bom gosto e elegância.
Outra coisa, que você já deve ter observado, se leu uma dissertação em informática na educação, é que primeiro parágrafo da introdução deve ter necessariamente um adjetivo megalomaníaco, que mostre a grandeza do seu trabalho. Seguem exemplos:
"O impressionante crescimento da Internet nos últimos anos..."
"É cada vez maior o interesse pela informática na educação..."
"A cada dia mais e mais pessoas se conectam ao maravilhoso mundo da era digital..."
Segue normalmente ao parágrafo com o adjetivo megalomaníaco um parágrafo ressaltando as famigeradas "novas tecnologias". Todos sabem que essas "tecnologias", sejam quais forem, tem mais de 20 anos, mas como você está

O Editor de Texto


Uma vez um mestrando de alhures me procurou durante um congresso e perguntou se a "tese" deveria ser escrita com Latex. Eu perguntei o porquê da questão, e ele me disse que o orientador dele achava que assim o trabalho ficaria mais "científico" do que se ele usasse o Word. A resposta nesse caso é que o orientador dele está redondamente enganado! O motivo para usar Latex é que assim ele vai levar tanto tempo para editar o texto que seu mestrado vai durar bem mais que os 18 meses recomendados pela CAPES e assim ele pode
manter a bolsa por mais tempo.

A Estatística
Você já deve ter ouvido falar que a estatística é nossa amiga. Isso é verdade. Aplicando os questionários certos da forma certa você pode provar qualquer coisa que queira.
Apenas para exemplificar, conta a lenda que um especialista em marketing resolveu fazer uma pesquisa para saber se as pessoas costumavam responder questionários enviados para suas casas. Ele elaborou um belo questionário onde a principal pergunta era se a pessoa costumava responder questionários enviados à sua casa. De 1000 questionários enviados pelo correio ele recebeu de volta apenas 50, dos quais 49 responderam "sim" a esta pergunta. A conclusão, a partir do material recebido, era que 98% (49/50) das pessoas
costumam responder questionários enviados a suas casas.
Portanto, quando você quiser avaliar seu software educacional, faça um questionário para os alunos com perguntas do tipo "você gostou do software?" (eles sempre gostam), "você acha que iniciativas deste tipo deveriam ser feitas mais seguidamente?" (todos respondem que sim, porque enquanto estão brincando com o software não estão tendo aula), "você aprendeu alguma coisa com este software?" (todos respondem que sim. Ninguém admite que não aprendeu nada para não passar vergonha. É como aquelas pessoas que riem sem entender a graça da piada. Você já percebeu que a quantidade de gargalhadas é sempre maior e seu volume mais alto quando a palestra é em Inglês?), etc.

Os Capítulos


Toda dissertação de mestrado em informática na educação se divide em quatro ou cinco capítulos. A seguir passamos a analisar cada uma das partes constitutivas em suas características próprias.

A Introdução
O primeiro capítulo da dissertação deve ser a introdução. Neste capítulo você deve fazer um longo apanhado de toda a história da informática na educação no Brasil e no mundo. De preferência inicie na pré-história. Se você não sabe nada sobre o assunto, não tem problema. Copie de outra dissertação. A banca vai adorar ler e vai aprender um pouco sobre este importante assunto tão atual "neste final de milênio". (Isso mesmo! Ainda hoje, em 2002, saem textos assim.)
Outra coisa fundamental na introdução é fazer uma defesa sobre a importância e atualidade do uso dos computadores nas escolas e como estes professores reacionários não querem saber de usar o computador porque "tem medo". Nunca é demais repetir isso. Se você quiser também reclamar do governo que nunca dá verbas para a educação, este é o lugar para fazer isso.
Em hipótese alguma fale de seus objetivos no trabalho na introdução e nem dê pistas sobre o que você fez na dissertação. Para que adiantar informações que podem ser tranqüilamente lidas quando o leitor chegar no capítulo 4? Se o seu orientador for daqueles dinossauros que ainda pede que se escreva objetivos no capítulo introdutório, faça de forma que ninguém desconfie do assunto da dissertação. Abaixo são citados alguns objetivos genéricos que você pode perfeitamente usar em seu trabalho. Não se importe em copiar, afinal texto é para ser copiado mesmo:
"Nosso objetivo é melhorar a qualidade do computador na escola";
"Nosso objetivo é aprimorar nossos conhecimentos nessa importante área";
"Nosso objetivo é trazer uma contribuição para essa área tão fundamental".
Existe um tipo de orientador ainda mais reacionário que pede "objetivos específicos". Os objetivos específicos servem apenas para uma coisa: para deixar o mestrando fulo da vida porque tem que escrevê-los. Nós realmente recomendamos que você escreva objetivos específicos, porque a banca vai pedir. Ou você pode usar isso como bode (fig. 1), deixando de escrever os objetivos específicos para que os membros da banca não percebam outros
problemas mais graves no seu trabalho.

Figura 1: O Bode – o bode é um erro grosseiro inserido de propósito em um trabalho que impede os avaliadores de encontrarem os verdadeiros erros importantes.
Em hipótese alguma os objetivos específicos devem trazer alguma informação sobre o trabalho. Use como objetivos específicos uma listagem daquelas atividades que são óbvias em qualquer dissertação. Dê a elas um grau de importância maior usando alíneas com figuras complexas como carinhas risonhas e, se possível, coloridas. Exemplo de objetivos específicos:
  • Estudar o assunto;
  • Implementar o protótipo;
  • Colher resultados;
  • Escrever a dissertação;
  • Agradar a banca.
Outra forma de causar um excelente impacto com o seu trabalho é usar e abusar das partículas "re" entre parênteses para que uma palavra possa ser lida de duas formas. Segue um exemplo: "Neste trabalho queremos (re)pensar a educação para (re)elaborar e (re)organizar esta área de forma a (re)alizar uma significativa contribuição."

Revisão Bibliográfica
A lei de ouro da dissertação em informática na educação estabelece o seguinte:
"Toda dissertação de mestrado em informática na educação deve ter como capítulo 2 um apanhado da teoria de Piaget e Vigotsky"
Lembre-se, essa regra é fundamental. Algumas dissertações mais antigas apresentavam apenas Piaget no capítulo 2. Hoje é inaceitável um trabalho que não resuma Piaget e Vigotsky. Mesmo que você não seja da área, nunca tenha ouvido falar nestes caras, e não vai usar nada deles na sua dissertação, é importante que você os cite, senão os pedagogos podem achar que o seu trabalho não tem fundamentação.
Aliás, a regra de prata, que sempre acompanha a regra de ouro diz o seguinte:
"O capítulo 2 é o único lugar da dissertação onde Piaget e Vigotsky são citados"
Isso implica que a partir do capítulo 3 você deve esquecer completamente estes camaradas. Isso vai ser mais fácil se você procurar não entender o trabalho deles quando estiver copiando aqueles longos parágrafos do livro "Para entender Piaget" ou "Vigotski for dummies". Não se preocupe também com o fato de que as teorias de Piaget e Vigotsky serem contraditórias em muitos pontos. Afinal, isso é problema dos psicólogos. Se você é formado em computação e durante o projeto alguém questionar como você vai absorver estes conhecimentos de outras áreas, diga que você tem uma tia que é psicóloga e que ela vai lhe passar estes lances.

Desenvolvimento
O capítulo com o desenvolvimento do trabalho deve ser o mais curto possível. Nunca pode ocupar mais de 10% da dissertação. Na nossa área é importante que os trabalhos não sejam práticos. Análises, comparações, avaliações, etc.: estas são as palavras chave. "Metodologia" também é uma palavra excelente para produzir nada. Veja os exemplos de desenvolvimento abaixo:
"Uma análise comparativa entre X e Y" - não faça comparação nenhuma. Apenas descreva X e Y separadamente. Não tire conclusões.
"Avaliação do processo Z". Avalie de acordo com a sua cachola. Nada de usar metodologia de avaliação. Afinal você não encontrou nenhuma na bibliografia que você não leu.
"Uma proposta de metodologia para W" - proposta de metodologia é um desenvolvimento excelente para sua dissertação. "Proposta" significa que você não se compromete em desenvolver nada; está apenas propondo.
"Metodologia" significa que você realmente não vai produzir nada mesmo. Escreva um "blá-blá-blá" e se alguém se queixar diga que esta é a sua metodologia. Se algum xarope insistir em reclamar, mande olhar no texto: "a metodologia está descrita lá", você vai dizer, "é apenas uma proposta".
Seguindo estes conselhos seu trabalho será um legítimo AMUTS, ou seja, "Apenas Mais Um Trabalho Sobre..." (adaptação livre do termo inglês YAPA - Yet Another Paper About...).
Sempre que você não souber como resolver um determinado problema em seu trabalho diga que vai usar "técnicas de IA (Inteligência Artificial)". Ninguém se importa em saber quais são estas técnicas, nem você. Quando chegar a hora é só pegar o livro da Elaine Rich e achar ali alguma "técnica" que lhe ajude a resolver o problema de encontrar o último número primo. "Use a força bruta", dirá o livro. Então você pode começar a espancar sua dissertação com violência.

Capítulo das Conclusões
O capítulo de conclusões é de extrema importância para uma boa avaliação de uma dissertação de mestrado. Os membros de bancas somente lêem os objetivos e as conclusões da dissertação para ver se uns batem com os outros. Por essa razão, os objetivos só podem ser escritos após as conclusões que, aliás, devem ser o menos conclusivas possível.
Lembre-se que depois que Moisés desceu da montanha com as duas tábuas da Lei contendo os dez mandamentos, tudo o que se seguiu tornou-se difuso e relativo, inclusive as interpretações dos dez mandamentos (Diz a lenda que eram 15 mandamentos em 3 tábuas de pedra, mas como era desajeitado para carregar Moises deixou cair uma no caminho). Reforçando: evite, a todo custo, ser conclusivo, permitindo diferentes interpretações por parte da banca, podendo usar para tanto desculpas na linha de não ser partidário de
radicalismos, não ser fundamentalista etc.
Se for absolutamente indispensável que sua dissertação apresente conclusões realmente conclusivas, siga o procedimento adotado por experimentados avaliadores de cursos de pós-graduação, um segredo acadêmico conhecido por poucos experimentados pesquisadores. O procedimento é constituído por três passos:
a) Estabeleça as conclusões, de forma a agradar plenamente a banca examinadora, sem criar complicações para você;
b) Gere os dados e observações que serão usados para justificar as conclusões estabelecidas no passo anterior; e
c) Por último, descreva uma metodologia que leve, de maneira "racional", das observações às conclusões.
Esse procedimento já foi usado com sucesso em inúmeros trabalhos, justificando conclusões como:
"A aranha, sem pernas, fica surda, pois não pula mais quando a gente manda"
Um último conselho: produza o abstract com um tradutor automático sobre o resumo e não o revise, ou melhor, nem mesmo o leia. É um excelente bode (ver fig. 1)!

As Referências Bibliográficas
As referências bibliográficas são de extrema importância para a credibilidade acadêmica de seu trabalho. Se tudo o que você disser em sua dissertação estiver respaldado em adequadas citações de autores respeitados, seu trabalho será considerado de bom nível acadêmico, mesmo que não contenha nenhuma idéia original. Colocar idéias originais na dissertação, sem o respaldo de que essa mesma idéia já foi registrada por algum autor consagrado, pode ser extremamente perigoso. Os membros da banca estarão atentos para essa situação e pegarão no seu pé.
Muitos orientadores insistem em que seus alunos listem as referências bibliográficas em ordem alfabética do sobrenome do primeiro autor. Não faça isso! Apenas para criar caso invente uma ordem qualquer, pois membros de bancas de mestrado, normalmente, procuram verificar se as referências do texto constam da bibliografia. Para que facilitar o trabalho deles?
Uma providência que pode facilitar muito a sua vida, na hora da defesa, é colocar nas referências bibliográficas artigos de autoria de membros da banca.
Você pode encontrar essas referências consultando a plataforma Lattes do CNPq, que deverá conter o currículo atualizado dos membros da sua banca. Se os membros da sua banca não têm seus currículos na plataforma Lattes, então você começa a ter razões para se preocupar.
Outro lance que pode impressionar a banca é colocar nas referências bibliográficas o nome de um figurão da área e, em lugar da referência do livro ou artigo, um lacônico "comunicação pessoal", seguido de uma data. No meio do texto lembre-se: jamais ler os originais, use sempre "apud", se um texto é bom o suficiente para ser citado por alguém, certamente será ótimo quando você o citar de novo sem ler a fonte original.

O Texto Final

Para defender a sua dissertação, você precisa escrever o texto final, que será distribuído para os membros da banca e se constituirá na peça central de sua acusação e execração pública. Esse documento deve ser redigido dentro de normas e preceitos rígidos, estabelecidos pela metodologia científica, para ser respeitado como tendo um mínimo valor acadêmico.
Alguns alunos começam, precoce e furiosamente, a produzir páginas e páginas de texto, que somente vão contribuir para aumentar sua frustração quando o orientador mandar retirar essas páginas do texto final. "Puxa! Depois de todo o meu trabalho, não vou aproveitar esse texto?". O melhor é evitar de escrever qualquer coisa antes de ter uma idéia completa da dissertação, do que deve ser escrito e do que não deve ou não precisa ser colocado, ou por ser óbvio ou muito trabalhoso de escrever. Com essa idéia clara, você não vai precisar mais
do que uma semana para passar tudo para o papel!
Ao longo do processo de orientação evite a todo o custo passar qualquer coisa escrita para seu orientador, pois isso só lhe criará problemas adicionais. Use desculpas clássicas, como: "só falta descrever o protótipo", "falta fechar a bibliografia", estou revisando a ortografia", ou, até, "não consegui imprimir".
Quando, finalmente, você passar o texto completo para seu orientador, duas semanas antes da data marcada para a defesa, será tarde demais para ele solicitar qualquer alteração que não seja superficial. Imponha sua decisão, personalidade e independência: afinal, você é, praticamente, um Mestre!

A Defesa da Dissertação
Normalmente uma dissertação é apresentada em 50 minutos. É fundamental que você divida a apresentação em pelo menos oito partes e gaste 45 minutos inteiros na primeira parte. Você vai poder perceber como a banca estará relaxada quando após 45 minutos você disser "agora que vimos a introdução vamos dar uma olhada no que dizem os 81 autores citados na revisão bibliográfica".
Lembre-se de abusar das transparências. O mínimo para 50 minutos de apresentação é 100 transparências. Como você vai gastar 45 minutos nas cinco primeiras, restarão apenas 5 minutos para as 95 restantes. Assim, você poderá apresentar o grosso do trabalho a uma taxa de aproximadamente 3 segundos por transparência. Reclame que teve pouco tempo para apresentar.
Uma história verídica relata que uma vez um candidato reclamou que não poderia falar tudo o que ele sabia em 50 minutos. O presidente da banca foi direto: "Então fale BEM DEVAGAR E PAUSADAMENTE!".
Depois da sua apresentação, tenha paciência. Este é o momento de glória dos membros da banca. Cada um vai agradecer o convite, lhe dar os parabéns pela escolha do tema, tão difícil, desafiador e multi-disciplinar, e em seguida vai tentar reduzir você a cinzas. Cada erro, cada vírgula de seu trabalho, que não estiver de acordo com a opinião da banca será delatada em público. Neste ponto é importante observar que você deve se lembrar sempre de colocar "bodes" no trabalho, ou seja, aqueles pequenos erros grosseiros na forma, na paginação ou nas referências bibliográficas, que fazem com que os membros da banca se satisfaçam em delatar a sua incapacidade em escrever um texto bem acabado e não percebam os erros muito mais profundos e importantes que o seu trabalho realmente possui. É muito mais fácil arrumar um bode do que um erro real.
Você já viu alguma vez um membro da banca dizer simplesmente: "Seu trabalho está muito bom! Pode ser aceito como dissertação de mestrado e encerro aqui a minha fala."? Não! Neste momento os membros da banca sempre têm algum defeito a apontar, mesmo que seja imaginário. Se você fosse membro de uma banca avaliadora você se sentiria bem se não
encontrasse nenhum erro? Não! Isso provaria que o candidato ao mestrado é mais inteligente do que você. Isso não pode acontecer em hipótese alguma.
Por isso é que os avaliadores se esmeram na leitura do trabalho até encontrarem um erro. Então eles têm o que falar da defesa. Concluindo: não esqueça do bode! (ver fig. 1)
A Impossibilidade da Aprovação sem Observações Existe uma prova matemática de que um membro de banca sempre pode ter o que reclamar em uma dissertação. A seguir faremos a demonstração:

Seja a o número de capítulos de sua dissertação. Seja b um número inteiro entre 1 e a: 1 d b d a. Seja f(b) o número de páginas no capítulo b, onde f(b) e 1.

Seja x um número irracional positivo, que chamaremos de limiar de intolerância do membro da banca. Seria absurdo se este número fosse inteiro ou fração, portanto, por redução ao absurdo, só pode ser irracional.

Para qualquer valor de f(b), se f(b) < x o membro da banca dirá que o capítulo b está muito curto, para qualquer b.

Se f(b) > x o membro da banca dirá que o capítulo b está muito longo, para qualquer b.

É impossível que f(b) seja igual a x porque x é irracional e f(b) é inteiro.

Portanto o membro da banca sempre terá muito o que dizer sobre a sua dissertação. ¤ C.Q.D.

Se sua dissertação também tiver alguma demonstração como essa, não esqueça de mudar a fonte das variáveis para "symbol". Letras gregas sempre dão muito mais confiabilidade às suas provas. Apenas certifique-se de saber como pronunciar o nome da letra, para não passar vergonha na hora da defesa.

Como Saber se um Membro da Banca não leu a sua Dissertação
É fácil saber se um membro da banca não leu a sua dissertação. Em geral, ele não vai abordar questões de conteúdo; vai se prender a observações sobre o resumo, o tamanho dos capítulos, a quantidade de referências bibliográficas, e vai perguntar onde você pretende aplicar este trabalho depois que for concluído.
Quando você perceber que um membro da banca não leu seu trabalho, você tem duas possibilidades:
a) Desmascará-lo em público, perguntando o que ele achou sobre a quadratura do círculo que você não escreveu na dissertação. Quando ele disser que achou o relato interessante você diz: "Há! Eu nunca falei sobre isso no texto!".
b) Aceitar o fato e deixar seguir o baile.

Como a primeira opção pode acabar em uma anulação da defesa, ou pior, nas vias de fato, cremos ser melhor você optar conservadoramente pela segunda opção. Mas nunca deixe de comentar este fato com seus amigos nas rodinhas de cerveja: "Lembra do professor Fulano? Pois é! Ele nem leu minha dissertação, mas achou ótima!".

Depois de Formado
Depois de formado, nunca admita que você trabalha com informática na educação, a não ser que você queira ouvir do seu interlocutor tudo o que ele sabe sobre esse assunto, que o sobrinho dele de 13 anos fez um programa para ensinar, e que ele manja tudo de informática na educação, que sabe mais que os doutores da universidade, etc.
Ao invés disso, invente nomes esotéricos para sua área de pesquisa, como "matética computacional", "semiótica da telemática", "cognição multi-evolutiva", "maiêutica transcendente" etc. Ninguém vai querer seguir uma conversa se você disser que está aplicando técnicas de hipo-renderização bi-polinomial em assíntotas de marcações não-lineares. Se você quiser realmente espantar a pessoa ofereça-se para entrar em detalhes.
Jamais use termos de uso comum como "inteligência artificial" ou "realidade virtual". Infelizmente os não iniciados já se apropriaram destes termos, a partir de filmes de Hollywood. Se você entrar numa discussão sobre estes assuntos com eles você vai arrumar uma úlcera.
Finalmente o trabalho futuro! Você deve imediatamente após o mestrado engajar-se em um programa de doutorado para agradar a banca que tanto quer ver seu trabalho ter continuidade. Mas lembre-se, assim como o curso superior serve para dar direito a cela especial, o doutorado tem uma serventia muito importante: quando, em uma discussão, alguém lhe impuser sua posição dizendo disser "Eu sou doutor!", você pode responder "Grande coisa! Eu também sou!".

Bibliografia
Procuramos durante 15 minutos na Internet e não achamos nenhum artigo sobre esse tema. Concluímos, portanto, que o assunto é inédito e este é um trabalho pioneiro.



 

Como fazer uma Dissertação de Mestrado em Informática na Educação: Uma análise reflexiva sobre a ironia do processo

Raul Sidnei Wazlawick, Dr.

(Autor especialmente convidado: Luiz Fernando Jacintho Maia, Dr.)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Desenvolvimento de soluções móveis corporativas

O conceito de Cloud Computing, que teremos oportunidade de explorar em outros artigos, trouxe aos dispositivos móveis uma forte demanda por soluções de negócios.
Não estou me referindo aos já consagrados aplicativos de e-mail, GPS, SMS e nem às antigas soluções off-line de captação de pedidos. A demanda agora é por soluções de negócios inseridas em processos de negócios essenciais da corporação e em tempo real.
A popularidade e o ganho de escala de dispositivos móveis baseados em Windows Mobile, iOS , RIM e Android dão a esse seguimento um caminho sem volta pois os chamados smartphones viraram poderosos computadores nas mãos dos profissionais que agora querem usá-los além do e-mail.
A entrada no mundo da mobilidade corporativa traz grandes desafios que merecem estudo, planejamento e escolha adequada das tecnologias e arquiteturas a serem utilizadas.
Ao construir e implantar uma aplicação móvel corporativa, é importante lembrar que em muitos aspectos, os desafios são idênticos àqueles que já existem para as empresas e vendedores de software que buscam oferecer soluções em Cloud Computing (Computação na Nuvem).
As duas opções de desenvolvimento são:
  1. Soluções baseadas em Mobile-Browser (WEB-Estática) ou
  2. Soluções Rich Internet Applications (RIA).
Do ponto de vista do usuário

A opção Mobile-Browser traz como desvantagem a limitação de recursos, a baixa funcionalidade na interface o que fatalmente gerará um maior esforço do usuário para completar suas operações.
A opção RIA (Rich Internet Application), por sua vez é sem dúvida a escolha do usuário, pois  traz maior conforto e produtividade, pois como o próprio nome diz traz uma interface rica através da internet, diferente da solução WEB Estática, baseadas em telas de browser com formulários e botões de “Submit”.

Do ponto de vista do desenvolvedor

A opção Mobile-Browser traz uma grande vantagem para o desenvolvdor que é a compatibilidade entre os Sistemas Operacionais (SOs) lideres citados anteriormente. Um único desenvolvimento com pequenos ajustes podem ser suficientes para estar apto em todos os principais SOs. Portanto é uma opção natural dos desenvolvedores, que buscam agregar menores custos ao desenvolvimento.
Para uma solução RIA, a preferida dos usuários, temos uma série de novos desafios nascidos do fato de que dispositivos móveis demandam aplicações de software compactas que operam com baixo tamanho de banda. Isto coloca mais demandas aos desenvolvedores para produzir aplicações que sejam simples, leves e ainda funcionais o suficiente para os trabalhadores completarem suas tarefas essenciais de negócios sem ter que recorrer ao seu desktop ou notebook.

O Escopo da Solução

As aplicações móveis corporativas não devem ter o escopo de substituir totalmente os pesados sistemas atuais (back-office). Aplicações corporativas de back-office custam milhões para se desenvolver, são de longe mais poderosas e as empresas gastam muito para treinar a equipe para usar estas aplicações. Se uma tarefa não é crítica no tempo, não é escopo de uma solução móvel.
Aplicações móveis deveriam, portanto, ser consideradas como ferramentas para habilitar as equipes a completar tarefas, eliminar retrabalhos e dar agilidade aos processos. E a escolha das etapas a serem transferidas para o dispositivo móvel deve ser criteriosamente avaliada e varia de empresa para empresa.
Isso aumenta, em muito, o desafio de softwares houses e produtores de ERP que precisam pensar em soluções genéricas. Entendo que o primeiro movimento será de soluções especificas. Produtores de ERPs devem pensar em  disponibilizar um kit de desenvolvimento/customização para sua rede de canais e/ou para seus clientes. Atacar esse seguimento com soluções genéricas podem ser estratégia frustada, do ponto de vista comercial e da baixxa satisfação do cliente, devido a baixa a aderência.
Aderência no mundo desktop já é um grande problema, para soluções móveis esse problema se amplia e muito.
Além disso, as aplicações móveis precisam ser tão simples quanto possível. Usuários corporativos em movimento não terão a paciência ou a concentração para trabalhar através de diversas telas e comandos para conseguir fazer um trabalho. Eles irão simplesmente deixá-lo até que estejam em casa ou voltem para o escritório.
Uma maior produtividade nos negócios só é obtida com uma estratégia móvel inteligente que leva em conta a psicologia e as práticas do trabalho móvel.

Simplifique o Desenvolvimento

Aplicações Móveis funcionando através de Mobile-Browser ou a tecnologia Rich Internet Application (RIA) envolvem duas camadas claras – uma camada Client (cuidando da apresentação, lógica de interação e algumas lógicas de negócios), e uma camada Server (cuidando da maior parte das regras de negócios, dados e integração backend). Adicionalmente, há também uma camada Session (a camada de integração entre o Client e o Server que requer habilidades de programação do sistema).
O esforço de desenvolvimento de uma aplicação móvel típica requer a junção e o gerenciamento de um número de diferentes equipes para trabalhar nos diferentes lados da aplicação. Quando o desenvolvimento envolve a junção e coordenação de equipes separadas de programadores e linguagens de programação separadas, há simplesmente uma menor chance do resultado final ser entregue de forma rentável e rápida – sem mencionar o fato de que se torna mais desafiante entregar uma aplicação que atenda totalmente os padrões e as expectativas da empresa.

Autor: Rodney Antonio Repullo